Capa do Jornal SHEKINAH - Edição de Junho
Texto escrito por Danielle J. OrtizLucas 10:25-37 – Parábola do bom samaritano.
Nessa parábola Jesus tenta nos mostrar o quanto a religiosidade está impregnada em nós, pois, a atitude que se espera de um servo de Deus, de um cristão – é a misericórdia, o amor ao próximo sem restrições.Mas, vemos nessa passagem que o nosso amor ao próximo é condicionado. Condicionado aos nossos preconceitos, a situação financeira, a nossa disponibilidade de tempo. Quantas vezes um irmão pediu socorro, mesmo que em silêncio, e você o negou? Quantas vezes ao ver um mendigo você atravessou para o outro lado da rua? Ou ao ver alguém que caiu, ao invés de parar e ajudá-la a levantar, você passa reto e ainda rindo, achando graça da situação constrangedora?Irmão, nesta passagem Jesus mostra-nos o quanto é difícil amar ao próximo como a si mesmo, porque essa atitude nos exige, muitas vezes, renúncia.Renunciar a nós mesmos, aos nossos “ eu acho”, é fazer conforme Deus nos pede. Olhe agora pra dentro de você e me responda, qual seria sua decisão diante da situação como esta.No livro “ Todo dia é um dia especial ”, do renomado escritor Max Lucado, uma passagem do capítulo dez me chamou atenção e resolvi dividir com vocês.“Serviço para os dias de decisões difíceis”.“ Dan Mazur considerava-se um homem de sorte. A maior parte das pessoas o teria considerado louco. Ele estava a uma caminhada de duas horas do cimo do monte Everest, a trezentos metros da realização do sonho de uma vida inteira. O cimo do Everest é conhecido por sua total falta de hospitalidade. Alpinistas chamam a região acima dos 7.900 metros de "zona da morte". As temperaturas caem e ficam abaixo de zero. Tempestades de neve tiram quase toda a visão. A atmosfera é rala em oxigênio. Cadáveres pontuam o cimo da montanha. Um alpinista britânico morrera dez dias antes da tentativa de Mazur. Quarenta alpinistas que poderiam ter ajudado escolheram não o fazer. Eles passaram por ele no caminho para o cimo.O Everest pode ser cruel.Ainda assim, Mazur se sentia com sorte. Ele e dois colegas já avistavam o cimo do monte Everest. Anos de planejamento. Seis semanas de escalada, e, agora, às 7h30min da manhã do dia 25 de maio de 2006, o ar estava parado, o sol da manhã brilhava, a energia e as expectativas estavam nas alturas.Foi aí que um brilho amarelo chamou a atenção de Mazur: um pedaço de tecido amarelo no cimo da colina. Primeiro, ele pensou que fosse uma barraca. Logo ele viu que era uma pessoa, um homem precariamente empoleirado em uma rocha pontiaguda. Estava sem luvas, de jaqueta aberta, mãos de fora, peito nu. A privação de oxigênio pode inchar o cérebro e causar alucinações. Mazur sabia que o homem não tinha a menor idéia de onde estava, então andou em sua direção e o chamou.— Você pode me dizer seu nome?— Sim — respondeu o homem, parecendo contente — eu posso. Meu nome é Lincoln Hall.Mazur ficou chocado. Ele reconheceu aquele nome. Doze horas antes ele ouvira a notícia no rádio: "Lincoln Hall está morto na montanha. A equipe dele abandonou o corpo na subida."E, no entanto, depois de passar a noite no frio de menos vinte graus e com pouco oxigênio, Lincoln Hall ainda estava vivo. Mazur estava cara a cara com um milagre.Ele também estava cara a cara com uma escolha. Uma tentativa de resgate oferecia sérios riscos. A descida já era traiçoeira, ainda mais com o peso morto de um homem à beira da morte. Além do mais, quanto tempo mais Hall sobreviveria? Ninguém sabia. Os três alpinistas poderiam sacrificar seu Everest à toa. Eles tinham de escolher: abandonar o sonho deles ou abandonar Lincoln Hall.”Qual teria sido a sua escolha? Você seria capaz de desistir do seu sonho e arriscar a sua vida para salvar a do teu próximo? Você conseguiria se negar a tal ponto de colocar o próximo em primeiro lugar, antes mesmo de você?“Eles escolheram abandonar o sonho deles. Os três deram as costas para o pico e desceram lentamente a montanha.A decisão deles de salvar Lincoln Hall apresenta uma grande questão. Nós faríamos o mesmo? Deixaríamos a ambição de lado para salvar outra pessoa? Deixaríamos nossos sonhos de lado para resgatar alguém caído ?”Reflita sobre isso e responda para si mesmo, quantos Lincoln Hall você resgatou ou ajudou a resgatar em toda a sua vida?Cuidado! Talvez você se depare com um monstro gelado – dentro de você.Jesus nos deixou um único mandamento:“Ame a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”! Ele não colocou nenhuma vírgula ao nos dizer isso.Pense nisso!